É absurda, hipócrita e chega à plenitude da injustiça social, a proposta destes governistas que aí estão, em determinar a idade mínima de 65 anos para aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. É sabido que milhões deles começaram e ainda começam a trabalhar já na infância ou início da juventude, enquanto que outros somente o fazem quando adultos, aos 25, 30 ou mais anos de idade, e vindos de famílias abastadas com outras perspectivas de vida.
Precisamos sim de uma Previdência Social com seus recursos bem-administrados, nunca desviados de suas finalidades ou utilizados para outros fins que não para aposentadoria e assistência social aos trabalhadores. Não podemos confundir aposentadoria do trabalhador com benefício social, este contemplando os necessitados, aos quais temos a obrigação moral e social de conceder, como, por exemplo, aos agricultores com mais de 60 anos e pessoas com deficiência física, mesmo que nunca tenham contribuído. Repito, não pode ser confundida a aposentadoria concedida a quem trabalha e contribui o tempo todo ou parte dele com a concessão de benefício social a quem necessita de assistência.
Precisamos de uma Previdência Social que seja cobradora daqueles que para ela sonegaram, sonegam, como os grandes clubes de futebol, que devem milhões, mas que nada destinam para a satisfação daquela dívida das milionárias arrecadações que obtêm semanalmente. Por fim, é justo dar-se um prêmio de vida a quem dedicou seu esforço, seu trabalho, seu "sangue" por determinado tempo de trabalho e contribuição, e não para sanguessugá-los até seus últimos dias. Tempo de trabalho com contribuição sim. Idade mínima, nunca! Não podemos confundir critérios de nações desenvolvidas com os de países subdesenvolvidos ou de terceiro mundo.
