Brasil ficará sem regime automotivo até fevereiro
Publicado em 05/01/2018 às 14:42
O Brasil ficou sem regime automotivo depois que a atual política, Inovar Auto, foi encerrada no último dia 31 de dezembro. Atualmente o governo está em fase de implementação de uma nova política, chamada de Rota 2030. Mas a mesma ainda é alvo de impasse entre o MDIC e o Ministério da Fazenda. A nova política já está sendo discutida pelo governo há oito anos.
Depois de ser informado pelos respectivos ministros das pastas sobre o conflito, “o presidente (Michel Temer) avaliou os custos de não ter nenhuma definição agora no início de janeiro e ‘decidiu decidir’ no início de fevereiro”, explicou Calvet quando questionado pela imprensa. “Até lá, ele (Temer) pediu que as equipes continuassem a se reunir para aparar as arestas que ainda estão trazendo incongruências para a proposta”, completou Calvet.
As divergências entre os Ministérios se dão principalmente em relação ao aumento ou redução de impostos e também com a forma que essa renúncia fiscal será feita. Os cálculos que estão sendo feitos pelo governo com a atual proposta do Rota 2030 dão conta de que esta renuncia deve chegar a R$ 1,5 bilhão.
Redução do IPI
Com a falta de um regime automotivo, os valores das alíquotas que serão cobrados em relação ao IPI sobre os carros que chegam ao país vindos de fora reduzem, ficando basicamente no mesmo patamar do ano de 2011. Neste caso, deixam de haver as diferenciações entre os modelos importados e os nacionais.
Apesar do aumento no IPI promovido pelo regime automotivo que vigorou até o ano passado, as montadoras conseguiam valores melhores ao cumprir uma série de exigências, como maior investimento na produção de carros no Brasil e também ao atingir metas relacionadas a eficiência energética.
Confira como ficam os IPI’s sobre os carros impostados neste janeiro de 2018 sem um regime automotivo.
Até 1.0 – 7%
1.0 a 2.0 flex – 11%
1.0 a 2.0 gas. – 13%
Acima de 2.0 flex – 18%
Acima de 2.0 gas. – 25%
