Contato

Av. Waldir Sebastião Maciel, nº 388, Bairro Paiaguás
CEP: 78.048-243

Email: sindifiscomt@sindifiscomt.org
Clique aqui!

Notícias / Geral

A guerra contra os servidores públicos (por Fabrício Ribeiro Sales)

Publicado em 06/09/2017 às 13:37

Colegas, vivemos o mais brutal ataque ao serviço público e seus servidores de toda nossa história. Os partidos que tomaram o poder através do golpe são aliados do “mercado” – empresários, banqueiros, donos de empresas de comunicação, construtoras, petroleiras estrangeiras, especuladores, planos de previdência e saúde privados – e estão aplicando o mais duro conjunto de medidas para entregar recursos públicos e estatais lucrativas ao grande capital, nacional e estrangeiro.
 

Na esfera federal, a PEC do Teto de Gastos limitou recursos para saúde, educação e segurança. Sabe porquê? Porque sucatear a educação facilita o fechamento dos Institutos e Universidades federais e fortalece a procura por ensino privado, destruir a saúde pública favorece o crescimento dos planos de saúde privados, reformar a Previdência, rebaixando o valor dos benefícios, obriga a procura por planos de previdência complementar.
 

É claro que educação particular, saúde privada e previdência complementar serão acessados por uma minoria que dispõe de recursos para bancar estes gastos, o restante terá de utilizar o terceirizado serviço público. É a lógica do “mercado”.
 

Nas estatais, o governo federal promove PDVs, terceirização e fechamento de agências dos Correios, BB e Caixa Federal. É necessário privatizar os Correios e encolher os bancos públicos para aumentar o mercado para os bancos privados. Já para favorecer as empresas, o governo Temer aprovou a terceirização ilimitada e a Reforma Trabalhista, mudanças cujo principal efeito será reduzir o salário do trabalhador e ampliar o lucro dos empresários. Tudo em prol do “mercado”.
 

Temer alega que este conjunto de medidas são necessárias para controlar o deficit público, no entanto, perdoou R$ 25 bilhões da dívida fiscal de um grande banco privado, aprovou um Refinanciamento que perdoa até 99% das dívidas de empresários e ruralistas, gastou milhões para se salvar na Câmara Federal e mudou as regras do Pré-sal favorecendo capitais internacionais em detrimento da soberania e do nosso futuro, pois o dinheiro que iria para educação e saúde foi parar no lucro das empresas estrangeiras. Portanto, há dinheiro para os poderosos, mas não para o povo brasileiro.
 

Na esfera estadual e municipal os partidos e as propostas são as mesmas. As isenções ficais fazem a alegria dos empresários enquanto o discurso de crise arrocha e parcela salários dos servidores, fornece argumentos para a retirada de direitos, para a terceirização dos serviços, para a redução da renda dos servidores e para a privatização de estatais lucrativas (Banrisul, CEEE, Corsan, DMAE, Carris, etc). Os arautos do mercado querem tomar tudo, seja pela privatização ou terceirização das funções típicas. Teremos professores, médicos, enfermeiros, fiscais, agentes administrativos, todos terceirizados, cai a qualidade dos serviços e aumenta o lucro do “mercado”.
 

Nossos inimigos apresentam e votam projetos que reduzem a renda do trabalho ao mesmo tempo em que beneficiam os grandes interesses econômicos. Eles tentam nos convencer que sua atitude de dar dinheiro público para os ricos, acabar com os serviços de saúde e educação, empobrecer os trabalhadores e entregar nossas riquezas será bom para todos. Acredite se quiser, mas muitos servidores votam neles novamente. É isto que precisamos mudar!!
 

Há uma guerra declarada contra o serviço público e seus servidores. Os defensores do estado mínimo contam com a nossa omissão, com a nossa falta de memória e, principalmente, com a nossa divisão. Quem são os nossos inimigos?


No âmbito federal, os partidos, deputados e senadores que votaram a favor da terceirização, inclusive no serviço público, os partidos e deputados que apoiam a Reforma da Previdência, os partidos e deputados que votaram a favor da reforma trabalhista, os partidos e deputados que votaram o perdão de dívidas. Veja quem apoia a entrega de áreas da floresta amazônica, ricas em ouro e cobre, para estrangeiros, verifique quem apoia a venda da Eletrobras, que fatura R$60 bi ao ano, e quer vendê-la por R$20bi. Quem lucra com isto? O país? Os trabalhadores? O nosso futuro? Não!!
 

No RS observe os partidos e deputados que votaram a favor da extinção das Fundações e da Corag, os que defendem a privatização da CEEE, Sulgás e CRM, os que vão votar para liquidar com o movimento sindical, os que votam na perda de direitos dos servidores estaduais. No município, observe os partidos e vereadores que apoiam a privatização do DMAE e os demais projetos do governo Marchezan, que congelam a renda dos servidores municipais. Estas forças políticas, que são as mesmas nos governos federal, estadual e municipal, não tem compromisso com saúde e educação de qualidade, com a segurança, com uma fiscalização séria, com a aposentadoria digna, enfim, para eles os serviços públicos e os seus servidores não tem valor. O que vale é o lucro privado.
 

Nossa sobrevivência está em jogo, precisamos nos unir e constituir um bloco político em torno daqueles que resistem e lutam por um Brasil soberano. Um país que considere democracia, saúde, educação, trabalho e aposentadoria dignos como direitos humanos elementares da cidadania e não mercadorias para o lucro de poucos. Um país que invista as suas riquezas na qualidade dos serviços prestados ao seu povo, pois um país com serviços públicos de qualidade requer servidores qualificados e bem remunerados.
 

Nossos adversários estão tranquilos. Eles dizem que os servidores públicos são uma minoria entre os eleitores e por isto ficam à vontade para nos desprezar, reduzir nossa renda e privatizar empresas. Ledo engano.
 

Se estivermos unidos na resistência aos ataques e nas eleições de 2018 temos uma força tremenda. Servidores federais, estaduais e municipais estão em todos os lugares, têm inteligência e interagem com a população, multiplicando seu peso eleitoral. Temos que fazer campanha contra os nossos inimigos e votar em massa nos poucos partidos que se opõem ao entreguismo de nossas riquezas, à perda de direitos e que valorizam o serviço público. Somente nos tornando uma grande força política, nos parlamentos e executivos, poderemos sonhar com um Brasil justo e com a retomada de uma existência digna para trabalhadores públicos e privados. Não vote em quem vota contra você. Temos que fortalecer quem nos valoriza, não quem nos massacra. Se não tivermos esta consciência e atitude corremos o risco de reeleger nossos algozes e fomentar a nossa destruição.

Fonte: Fenafisco

Receba em seu e-mail todas as informações atualizadas!

 

Contato

Av. Waldir Sebastião Maciel, nº 388, Bairro Paiaguás
CEP: 78.048-243

Email: sindifiscomt@sindifiscomt.org
Clique aqui!

(65) 3624-2605
Afismat Fenafisco
Sitevip Internet