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Anciãos – Seu valor exige reconhecimento

Publicado por Estevam Costa Marques em 28/06/2012 às 00:00

Ainda dando continuidade à reflexão sobre a importância de honrarmos nossos idosos, como uma exegese ao quinto mandamento de Deus (Honrar pai e mãe – Leia o artigo: “Os Idosos e as Oportunidades de Reconciliação”), penso que num processo de reconciliação com os idosos, o reconhecimento seria o melhor instrumento de ação e a maior prova de respeito e honra à importantíssima participação social que os anciãos merecem ter.

Seremos todos, anciãos um dia. Sentiremos aos poucos a morte de nossa importância. Sentiremos o peso dos anos em nossa pele que envelhecerá, em nossos músculos que se atrofiarão, também em nossos ossos que enfraquecerão e finalmente as dores crescentes em nossos nervos que só aumentarão. Sentiremos o peso do exílio e do abandono em nossos corações que guardam tantos sentimentos e, por fim, Deus nos levará fisicamente também. A esta altura já teremos sido muito marginalizados pela nossa idade avançada.

Tudo isso ocorrerá mesmo depois de décadas e décadas de dedicação de nossas vidas a esta sociedade egoísta e insensível em que vivemos.

Isso não é nada cristão, mas poderia ser mudado se nossos políticos, ao invés de olharem para seus patrimônios gordos e crescentes, reconhecessem a importante contribuição que um idoso já deu ao nosso querido Mato Grosso e,consequentemente, ao Brasil.

Pergunto-me: “Porque o governo não se dispõe a reconhecer um idoso tanto quanto reconhece merecidamente algumas classes ou segmentos econômicos, tais como os taxistas e os empresários em geral, por exemplo?”.

Não seria um ancião merecedor deste mesmo tratamento tributário?

O que leva um governo a premiar com isenção de ICMS essas categorias e, entretantom deixa nossos anciãos pagando caríssimas contas de saúde para terem uma velhice mais digna e menos dolorida?

Porque não estender aos idosos o benefício de aquisição de um carro (nem que seja popular) com isenção de todos os impostos (II, IPI, ICMS, por exemplo)?

Porque não isentá-los de seu oneroso IPTU para proporcionar-lhes mais recursos familiares em prol de uma velhice mais digna, quiçá uma UTI em casa?

Porque até hoje o Congresso Nacional ainda não aprovou e regulamentou a questão da isenção do INSS sobre a aposentadoria, que já foi obtida merecidamente por uma vida de dedicação profissional à economia deste País?

Citei apenas três impostos que incidem diretamente sobre a renda familiar do aposentado, ICMS, IPTU e INSS, cada um de competência tributária de um ente político diverso (Estado, Município e União, respectivamente).Entretanto, nada é feito pelo nosso idoso por nenhum desses governos.

Penso que já seja hora de mudar esse quadro, tornando nossa relação mais cristã diante de nossos velhos e, assim, podermos garantir também o cumprimento ao quinto mandamento de Deus, prolongando também nossos dias na terra.

O sábio dito de Aristóteles reflete bem o valor de nossos idosos: “A cultura é o melhor conforto para a velhice”. Rousseu, complementando-o, dizia: “Na juventude deve-se acumular o saber. Na velhice, fazer uso dele”. Como pode, então, um ancião fazer uso do saber se ele está excluído do processo?

Na SEFAZ-MT, que é minha casa, vejo muito disso. Gerações sábias sendo desprezadas, saber humano sendo perdido, Aristóteles e  Rousseau sendo ignorados, e velhos não sendo reconhecidos.

Já é ora de acordar para o respeito e o reconhecimento ao valor de nossos idosos.

Estevam Costa Marques é Fiscal de Tributos Estaduais – Licenciado e presidente municipal do PRB Verde - Cuiabá

 

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