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Bomba Fantasma: auditoria de FTEs resulta na identificação de sonegação milionária em postos de combustíveis

Publicado por Pau e Prosa Comunicação em 06/07/2022 às 19:07

Bomba Fantasma: auditoria de FTEs resulta na identificação de sonegação milionária em postos de combustíveis

Mais de R$ 42 milhões de impostos não recolhidos podem retornar aos cofres públicos graças ao trabalho do Fisco em Mato Grosso. Na manhã desta quarta-feira (06), com a deflagração da operação Bomba Fantasma pela Polícia Civil, foram cumpridos 13 mandados de buscas, bloqueios de contas bancárias e veículos e sequestro de imóveis de uma organização criminosa envolvida na venda de notas fiscais a transportadoras para aproveitamento de crédito fiscal. A investigação teve início em 2019 após denúncia encaminhada pela Coordenadoria de Fiscalização de Combustível, Comércio e Serviços (CFCS/Sufiz) à Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz).

O coordenador da CFCS Luiz Silva de Moraes, explica que um levantamento detalhado feito pela equipe de fiscalização identificou a emissão de um volume alto de notas fiscais sobre a venda de óleo diesel em um posto de combustível localizado em Alto Garças (MT). O estabelecimento nunca existiu de fato e havia tido a inscrição estadual aberta há pouco tempo. Durante o ano de 2018, período auditado pelos fiscais, o estabelecimento emitiu 884 notas com a falsa venda de cerca de 10,7 milhões de litros de diesel. A farsa envolveu ainda cinco transportadoras que nunca compraram a mercadoria.

“Trabalhamos sempre com um levantamento de alvos e o cruzamento de dados, como notas fiscais, balanços, dentre outros documentos. Neste caso, era um volume muito alto para um posto de gasolina naquela região. Isto levantou a nossa suspeita e fomos investigar, inclusive, com o trabalho in loco e a verificação de que o posto não existia. Assim foi feito com outras unidades que tinham o mesmo modo operandis. Com a auditoria fiscal finalizada, encaminhamos a denúncia à Defaz por meio do relatório circunstanciado fiscal”, acrescenta o coordenador. 

De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso (PJC/MT), são quatro postos de combustíveis envolvidos na venda de milhares de litros de diesel a transportadores, sem o abastecimento na bomba. Os 13 mandados de buscas estão sendo cumpridos nas cidades de Pedra Preta, no sul do estado e em Goiânia (GO). O valor de R$ 42 milhões corresponde ao crédito tributário, ou seja, o montante que deveria ter sido pago devidamente pelos criminosos, ao invés da emissão das notas fraudulentas. 

Presidente do SINDIFISCO-MT, João José de Barros, parabeniza o trabalho da equipe da Coordenadoria de Fiscalização de Combustível, Comércio e Serviços, desde 2015 sob o comando de Luiz Silva de Moraes. “A desarticulação de organizações criminosas resulta no combate à sonegação de impostos no nosso estado, o que representa mais recursos devolvidos à população. Foi a investigação séria e qualificada dos Fiscais de Tributos Estaduais, com uma auditoria rigorosa, que esta importante operação policial foi deflagrada hoje. Mais uma vez, é o Fisco mato-grossense contribuindo com o recolhimento devido de impostos”, pontua.

Para Silva de Moraes, a ação deflagrada deve servir de alerta para novos fraudadores a respeito do trabalho de fiscalização tributária presente em Mato Grosso. “O nosso maior objetivo é caçar contribuintes que praticam irregularidades para difundir o risco que há nesta modalidade. É bom que todos saibam da atuação do Fisco e suas consequências. A recuperação de tributos sonegados só traz benefícios à sociedade e trabalhos muito para isso”, finaliza o coordenador da CFCS.

* Com informações da PJC/MT

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

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