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Prefeitos repudiam relatório da Reforma Tributária

Publicado em 08/10/2021 às 14:47

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) emitiu, nesta quarta-feira (6), um parecer repudiando o relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110, que trata da Reforma Tributária. O principal ponto de divergência é a junção do Imposto Sobre Serviços (ISS), maior fonte de arrecadação das médias e grandes cidades brasileiras, ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo de domínio estadual.
 

“A proposta de fusão do ICMS e ISS num IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) dual desrespeita as cláusulas pétreas constitucionais sobre o pacto federativo. Como o ISS é a principal receita das médias e grandes cidades, sua junção com o ICMS poderá comprometer serviços públicos essenciais como saúde, educação, transporte e assistência social, justamente nos municípios onde vivem três em cada cinco brasileiros”, destaca a carta da frente, assinada, também, por federações, associações e entidades empresariais de setores econômicos.
 

Outro ponto de debate é a desoneração da folha de salários. Os prefeitos defendem a urgente implementação da medida, “de forma ao enfrentar os trágicos índices de desemprego”. Ela faz parte da Emenda Substitutiva Global 146, que propõe o Simplifica Já. A proposta modular busca desonerar parcialmente a Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) e arrecadar Contribuição Patronal sobre Receita Bruta (CPRB) a setores econômicos que possuem alto faturamento e baixa empregabilidade.
 

Outros pilares do Simplifica Já consistem em unificar o ISS, preservando a autonomia financeira dos municípios, mas adotando uma alíquota única. Também a simplificação dos Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS) e o Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Confins), tendo como premissa que a maioria das empresas está em regime cumulativo dos dois tributos.
 

A FNP defende que as mudanças aumentarão “a eficiência arrecadatória sem majorar a carga, prevenindo a guerra fiscal”, e que a reforma deve ser pensada de tal forma que “fomente a produtividade das empresas, mitigue a sonegação, reduza a regressividade e o impacto sobre a folha de pagamentos, de modo a estimular o empreendedorismo e a geração de emprego e renda”.
 

“O esforço nacional deve ser para enfrentar os problemas do sistema tributário brasileiro por caminhos objetivos, evitando propostas que sejam fontes de indesejadas consequências e aventureirismo pouco criativo. Uma reforma tributária eficaz precisa observar o cenário bastante diversos dos municípios, sob pena de inviabilizar os serviços públicos nas médias e grandes cidades”, completa a FNP.
 

O relatório
apresentação do relatório da PEC 110 foi feita nesta terça-feira (5) pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA). O texto foi lido no gabinete do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e contou com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski e do presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles.
 

O senador apresentou a unificação da base tributária do consumo, com criação de IVA dual, um para a União (com a junção de IPI, PIS e Cofins) e um para estados e municípios (com a unificação de ICMS e ISS). “O sistema tributário brasileiro é caótico, ineficiente e gerador de iniquidades. É necessário, portanto, transitarmos para um modelo mais simples, com poucas alíquotas, poucas distorções, que reduza o custo de compliance e o litígio”, defende Rocha no relatório.

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