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Reforma da Previdência nem foi aprovada, mas já vai passar por mudanças

Publicado em 21/02/2017 às 17:35

Reforma da Previdência nem foi aprovada, mas já vai passar por mudanças

 

Parlamentares contra alterações na Previdência defendem retirada da PEC 287. Outros criam alternativas

A proposta de Reforma da Previdência — fixa idade mínima de 65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar pelo INSS, cria regras de transição para mulheres e homens com 45 e 50 anos, respectivamente, e muda os cálculos de benefícios — que tramita na Comissão Especial da Câmara nem foi aprovada e já pode mudar. Parlamentares contrários à PEC 287 têm criticado a proposta do Executivo e cobram, senão a retirada da pauta, a mudança de alguns tópicos.

Para o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) — membro da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social composta por deputados e senadores — “transformar regras da Previdência desta forma é perverso e cruel”. A afirmação encontra coro: “Jamais imaginei que alguém fosse propor algo tão cruel. A Reforma da Previdência é perversa e vai massacrar os mais pobres”, critica o deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), que é membro titular da Comissão Especial que analisa a reforma.

Os dois deputados cobram uma maior discussão sobre o tema, inclusive a análise das contas da Previdência, que segundo eles, não é deficitária.

E a reforma encontrará resistência no Congresso. O senador Paulo Paim (PT-RS) advertiu que a PEC 287 também será combatida no Senado. “Defendemos a retirada ou a rejeição dessa proposta para que possamos debater sobre patamares decentes, porque esse apresentado pelo governo é indecente”, reclama Paim.

ALTERNATIVA

Desde antes da apresentação da PEC, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, que faz parte da base aliada do governo, tem criticado pontos da reforma. E junto com outros parlamentares elaborou uma proposta alternativa para modificar a PEC enviada pelo Executivo. A emenda, inicialmente assinada por ele e pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) ganhou mais 23 autores. “Conseguimos mais de 262 assinaturas”, diz Paulinho, que deve apresentar a proposta de emenda na terça-feira.

“Entre as medidas que vamos propor está a adoção de idade mínima de 60 anos para homens e 58 para mulheres. Os 65 anos como quer o governo é injusto”, reconhece. De acordo com ele, a regra de transição deve ser de 30% “para que todos possam contribuir e não só uma parcela dos trabalhadores”.

“Defendemos também uma base de 60% para calcular a aposentadoria, ao contrário do que pretende o governo, subindo um ponto percentual a cada ano”, conta.

A proposta do governo altera o cálculo dos benefícios (que passaria a ser 51% sobre a média das maiores contribuições), mais um ponto percentual a cada ano de contribuição.

Outro ponto, segundo ele, é a cumulatividade de aposentadoria e pensão, que seria permitida “desde que os dois juntos não ultrapassem o teto”, que hoje é R$5.531,31.

Entenda as mudanças e alternativas

IDADE MÍNIMA

O que quer o governo

Idade mínima para homens e mulheres: 65 anos. Sobe no futuro, gradativa e automaticamente quando aumentar a expectativa de vida após 65 anos. A previsão do governo é que até 2060 chegue a 67 anos a idade mínima.

Proposta alternativa

Homens poderiam dar entrada na aposentadoria do INSS aos 60 anos e mulheres aos 58 anos de idade.

TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

O que quer o governo

Mínimo para todos: 25 anos.

Proposta alternativa

A emenda a ser apresentada propõe 25 anos de contribuição para quem entrar agora no mercado e pedágio de 30% sobre os atuais 15 anos de contribuição mínima para os que já estão trabalhando.

CÁLCULO DO VALOR

O que quer o governo

Quem cumpre os prazos mínimos (65 anos de idade e 25 anos de contribuição) não ganha aposentadoria de 100% de seu salário, mas apenas 76%, que é a base inicial do cálculo. Para chegar aos 100%, é preciso trabalhar mais: ganha um ponto percentual por ano de trabalho adicional.

Proposta alternativa

Base de 60 pontos iniciais para a aposentadoria. Sobe um ponto percentual a cada ano.

REGRA DE TRANSIÇÃO

O que quer o governo

Todos os trabalhadores com mais de 50 anos (homens) e 45 (mulheres) pagarão pedágio de 50% sobre o tempo que falta.

Proposta alternativa

Parlamentares defendem regra de transição de 30% para todos os trabalhadores.

PENSÃO E APOSENTADORIA

O que quer o governo

A proposta prevê cota familiar de 50% na reposição da pensão por morte, mais um adicional de 10% por dependente. Pelo texto, uma viúva sem filhos passaria a ganhar 60% da aposentadoria do marido: 50% da cota familiar, mais 10%. O valor sobe para 70% se o segurado for casado e tiver um filho menor. O repasse é limitado a 100% da aposentadoria do falecido. A proposta também proíbe o acúmulo da pensão por morte com outra aposentadoria ou pensão.

Proposta alternativa

Seria permitida a cumulatividade dos benefícios, desde que os dois juntos não ultrapassem o teto da Previdência, atualmente em R$ 5.531,31.

Fonte: Fenafisco

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